20 de jun. de 2011

O que mais pode ser dito sobre Bob Dylan? "Don't think twice (It's all right)"




"It ain' no use to sit and wonder why, babe
It don't matter, anyhow

An'it ain't no use to sit and wonder
why, babe

If you don't know by now
When your rooster crows at the break

of dawn
Look out your window and I'll be gone

You're the reason I'm trav'lin' on

Don't think twice, it's all right"


By Bob Dylan


Aqui vai o link do video de outra grande canção do Dylan "Things have changed"(2000)

12 de abr. de 2011

Editora Des Femmes



A editora francesa Des Femmes, localizada atualmente na Rua Jacob, 35 - 75006 em Paris, tem um importante trabalho de edição ao publicar na França romances, ficções e ensaios de mulheres que acrescentaram e contribuem até hoje para um pensamento reflexivo e diferenciado da contemporaneidade. Escritoras, poetas e pensadoras francesas e de outras nacionalidades como Hélène Cixous, Virginia Woolf, Maria Teresa Horta, Clarice Lispector entre tantas outras estão no catálogo da editora, incluindo obras lidas por atrizes francesas. Fanny Ardant lê romances de Balzac, Stephan Zweig, Marguerite Duras e outros. Essas leituras estão disponibilizadas para compra assim como as publicações da casa. A editora responsável se chama Antoinette Fouque.


Revista Fon Fon


Resolvi dedicar este post à criatividade de design da capa da velha Revista Fon Fon, nascida no Rio de Janeiro em 1907 indo até 1945.


11 de abr. de 2011

Claudio Matsuno

Claudio Matsuno é um jovem talentoso artista plástico de São Paulo. Suas criações articulam técnica e experimentação com desenhos e outros materiais que se mostram em jogos de palavras, cores e formas intensas, livres, propiciando um mise en scène singular que aposta no desenho contemporâneo para investigar os caminhos e variados sentidos da arte. Abaixo, o trabalho de Claudio Matsuno exposto em dois momentos:

Montagem e inauguração da exposição Octopus Garden Claudio Matsuno acertando os últimos detalhes de seu trabalho Local: Casa Contemporânea - São Paulo Abertura: 24 de fevereiro




Site Specific - O Sonho de Marte

Local: Galeria Nuvem - São Paulo 08/02 à 05/03


10 de abr. de 2011

Jakob Von Gunten


Recentemente ganhei de um amigo o livro "Jakob Von Gunten - um diário", do escritor suiço Robert Walser, escrito em 1908 em Berlim. A nota da edição brasileira da Companhia das Letras observa que na segunda década do século XX resenhas identificaram em Walser a mais decisiva influência sobre a prosa curta de Franz Kafka. Bem, estou mais ou menos na metade do livro e acho o estilo da escrita tout court de Walser bastante atraente, garantindo ao leitor um frisson interessante que o mantém bastante atento aos acontecimentos da narrativa. Kafka é maravilhoso e Walser é ótimo. (a capa desta edição é linda).


Bruce Weber


Bruce Weber já possui um currículo mais do que respeitado na história da fotografia de moda, tendo lançado nomes famosos no mercado como Kate Moss e Mark Wahlberg através das propagandas para a grife americana de jeans, underwear e perfumes Calvin Klein. Kate Moss foi apresentada ao mundo no início dos anos 90 com a campanha icônica do perfume Obsession, de Calvin Klein, claro. O corpo masculino é sempre muito bem detalhado em primeiro plano nas imagens de Weber, os músculos valorizados para demonstrar muitas vezes uma virilidade gentil, sexy e frágil. Nas fotografias o homem interage com elementos da natureza como a água, campo, cães e outros animais que frequentemente compõem os cenários. Mesmo nas campanhas de moda. Nas imagens aqui postadas estão Kate Moss para Calvin Klein, anos 90; Garrett Neff para Calvin Klein, 2008. Ambas de autoria de Bruce Weber. O fotógrafo também dirigiu um documetário sobre Chet Baker em 1988 - "Let's get lost".

Helmut Newton



O fotógrafo de moda alemão Helmut Newton , sinônimo de arte fotográfica de altíssima qualidade, enriquece o potencial de altivez e imponência da figura feminina em seus trabalhos com mulheres célebres. Destaco essas imagens de Catherine Deneuve (feita em 1976) e Sigourney Weaver (1995)- em ambas a mulher surge dominante, ao contrário do que acontece em alguns trabalhos de Newton onde a mulher é fotografada em uma postura mais servil em relação ao homem (não é o caso das fotos de celebridades feitas por ele). Muitas de suas fotografias receberam influência surrealista e geralmente os fetiches eróticos sustentam as cenas, para além da realidade. Em outros trabalhos, a mulher surge quase como um deus ex-machina. Infelizmente Newton faleceu em 2004 devido a um acidente de automóvel.

8 de fev. de 2011

Eye balloon

A ilustração acima faz parte do acervo permanente do MOMA NY, dentro do espaço dedicado ao artista Odilon Redon (França, 1840-1916), autor dessa e de mais outras 140 abrigadas pelo museu. Essa é a minha favorita entre todas. O olho que tudo pode ver, o big brother foi esboçado. Sofisticado e moderno. Em 1885 Redon criou "L'Hommage à Goya", uma reunião de seis telas de litografias publicada pela Dumont, impressa por Lemercier et Cie à Paris. Não há nenhuma aproximação afetiva em relação ao pintor espanhol nessa obra, no entanto, ela contribuiu para uma profunda amizade entre Redon e o poeta simbolista Mallarmé.

Referências da tela: Eye-balloon 1878. Charcoal and chalk on colored paper, 16 5/8 x 13 1/8" (42.2 x 33 cm). Gift of Larry Aldrich.

O estranho cê de Caetano

Em 2008 publiquei o trabalho "O estranho cê de Caetano - Impressões do estrangeiro" na revista literária Germina Literatura. Trata-se de um pequena análise sobre a possível condição estrangeira de Caetano Veloso, avaliando alguns pontos e significados prováveis ao longo da carreira do artista que contribuiram para a formação de cê.

Resident Evil 4


CAPCOM capricha em Resident Evil 4 para PS2. Um jogo de ação em terceira pessoa com uso de armas variadas e um enredo de arrepiar que constitue o gênero "horror survival". O protagonista é Leon (o mesmo de Resident Evil 2) só que aqui ele reaparece como agente especial da CIA que tem como missão resgatar a filha do presidente dos Estados Unidos. Ela é mantida como refém em um vilarejo assustador na Espanha, ameaçada por Ganados (homens infectados por um vírus que os transforma em algo semelhante a zumbis, com capacidade de correr, usar armas e com alto teor de agressividade). Esses inimigos bizarros exigem maior dinamismo do jogador. O novo sistema de mira faz com que ele tenha maior controle e presisão ao atirar e a câmera com perspectiva situa-se sempre sobre seu ombro. O cenário transmite uma boa sensação de realismo.

7 de fev. de 2011

David Bowie

Ashes to ashes foi um single lançado por David Bowie em 1980 na Inglaterra. A música, uma das minhas favoritas, é linda e o vídeo, um tanto burlesco seguindo aquela tradição de videoclipes cinematográficos. Para quem se interessar em conferir o disco mais recente e a agenda do artista é só dar uma olhada na homepage oficial . Entre as performances ao vivo em shows, Bowie tem uma versão encantadora para a mágica "Alabama Song", escrita por Kurt Weill para uma peça de Brecht de 1929.

30 de jan. de 2011

O perdão em Jacques Derrida


O tema do perdão é abordado de maneira estusiasmada pelo filósofo franco-argelino Jacques Derrida no texto "La littérature au secret - une filiation impossible", do livro Donner la mort (1999). Derrida dedicou suas últimas conferências ao tema (inclusive a última "O perdão, a verdade, a reconciliação: Qual gênero?" proferida em 2004 na Maison de France, no Rio de Janeiro, ano de sua morte). Bem, voltando ao texto, Derrida procura discutir o lugar do perdão na relação entre Abraão e Deus, a partir das interpretações feitas pelo filósofo Sören Kierkegaard em Crainte et Tremblement (1843). Segundo Kierkegaard, Abraão pede perdão a Deus por ter obedecido à ordem de levar seu filho Isaac ao altar de sacrifício. Pois, acima de tudo, Isaac é o filho da promessa. Derrida se refere ao episódio como uma "ficção do tipo literária" onde Abraão julga seu pecado como imperdoável, e por isso ele pede perdão sem saber se Deus o perdoa. Seu pecado permanece imperdoável. Para Derrida, pede-se perdão apenas pelo que é imperdoável. Não se perdoa o que é perdoável. Essa é a aporia impossível do perdão sobre qual meditamos.

Referências bibliográficas:
DERRIDA, Jacques. Donner la mort. Paris: Galilée, 1999. p. 168

OBS: é bom lembrar que Jacques Derrida acompanhou Nelson Mandela durante a missão da Tuth and Reconcilition Comission a TRC [ Comissão Verdade e Reconciliação], pós-apartheid, nos anos 1990.

25 de jan. de 2011

voz lusa - Sá-Carneiro com estilo

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Mário de Sá-Carneiro

24 de jan. de 2011

Paris underground III


A arte toma conta dos espaços subterrâneos! Como um mundo paralelo há alguns metros abaixo do cimento da rua. Galerias de arte em sentido pleno. É só descer as escadas...

Paris underground II

Ainda nas galerias há incríveis epitáfios do séc XVIII ! A história de séculos sob o metrô parisiense.

Paris Underground





As galerias subterrâneas de Paris estão sendo exploradas por artistas plásticos, turistas, aventureiros e pessoas da cidade que querem apenas caminhar. E alguns bares liberaram espaços para os clientes e para festas, antes usados para guardar os vinhos! MARAVILHA! Quem sabe também será palco de encontros literários? Essa é a fonte das imagens: http://http://ngm.nationalgeographic.com/2011/02/paris-underground/alvarez-photography